No olhar tântrico, o nosso maior órgão sexual é a pele, cobrindo cerca de 2 metros quadrados, com milhões de receptores sensoriais e terminações nervosas. O estímulo na pele pode liberar hormônios como oxitocina (hormônio do amor) e dopamina (hormônio do prazer), evocar memórias e emoções, criar mais intimidade e conexão emocional, contribui para a excitação e o orgasmo.
A referência que temos de sexo é sempre muito associada ao genitais e a penetração, basta olharmos para a pornografia ou para as cenas picantes em filmes e novelas para notarmos o quanto o sexo é sempre representado de forma apressada, com foco na penetração e ambos “gozam” sempre juntos. A pornografia alimenta as fantasias das pessoas, mas principalmente a forma limitada, performática do homem.
Quando o assunto é prazer feminino a história é outra, somos muito menos instigadas quando o assunto é filmes ou contos eróticos. Somos muito mais sensoriais ao toque e a forma como somos tratadas na cama do que algo meramente visual ou pornográfico. Nós mulheres temos um corpo, anatomia, biologia, ritmo, tempo e necessidades totalmente diferentes dos homens.
E aqui nós encontramos através do autoconhecimento a importância de conhecermos nosso corpo, entender nosso ritmo e nossas necessidades e desejos.
Algumas pessoas se limitam demais quando o assunto é atingir e acessar o seu potencial orgástico, o que é necessário é trazer consciência corporal e abrir sua mente, reeducação sensorial, aprender a movimentar o corpo e respirar conscientemente para ativar o prazer e acessar a sexualidade de uma plena, consciente e mais PRAZEROSA sem limitações.
Depois que a sexualidade se torna mais presente e ativa para o prazer sem limitações ou preconceitos, podemos dar uma atenção especial aos genitais sem tornar eles o ponto principal da satisfação, sem precisar ter tanta neurose ou ansiedade quando o assunto é GENITAIS. O segredo o está em desacelerar e relaxar e se permitir acessar a sua sexualidade de uma forma diferente.