Onde não chega a palavra o toque comunica
“Tocar pode significar dar vida”, dizia o mestre renascentista Michelangelo Buonarroti. Na célebre pintura do artista italiano, no teto da Capela Sistina, no Vaticano, “A Criação de Adão”, Deus insufla vida ao primeiro homem tocando seu dedo indicador. Para os cientistas, entretanto, o toque nunca havia despertado muito interesse.
Um tapinha nas costas ou uma carícia no braço são, em geral, colocados na relação de gestos incidentais como franzir a testa ou apoiar o queixo na mão. Na verdade, não são.
Estudos recentes demonstram que o toque é muito mais importante do que se imagina. Ele é fundamental, por exemplo, na comunicação humana, no estreitamento de relações e na saúde. “(O toque) é a primeira linguagem que aprendemos e nosso mais rico meio de expressão emocional através da vida”.
Não tocar o outro ou tocá-lo pouco não impede, é claro, as sociedades de atingirem um estágio adiantado de desenvolvimento. As sociedades inglesa e norte-americana são exemplos disso. Mas a ciência moderna mostra que o toque é muito benéfico algo observável já no início da vida. Segundo um estudo da médica norte-americana Tiffany Field, diretora do Instituto de Pesquisas do Toque da Universidade de Miami, bebês prematuros que receberam três sessões diárias de 15 minutos de massagem terapêutica (o processo pelo qual vários tipos de toques e carícias são aplicados no corpo para melhorar a saúde e aumentar o bem-estar), por um período de cinco a dez dias, ganharam 47% de peso a mais do que aqueles cujo tratamento seguiu o roteiro tradicional.
“Segundo o Thoma’s Medical Dictionary (1886), o termo Massagem vem do grego, significando amassar (ação de pressionar). Sua origem é tão antiga como a própria origem da humanidade. Acredita-se que ela tenha sido a forma mais primitiva e intuitiva de tratamento existente.
Os registros mais remotos do uso da massoterapia são oriundos de civilizações antigas do Oriente. Em 300 a.C., Qi Bo e o imperador Amarelo publicaram na China ‘O clássico da massagem’, a primeira obra sobre o tema que se tem conhecimento. No entanto, o único registro escrito sobrevivente dessa época, foi o Han Quan Shu, livro de massagem da dinastia Han.
Apesar da massoterapia ser, possivelmente, de origem chinesa, ela foi utilizada e desenvolvida por diferentes civilizações ao longo da história, as quais, foram aprimorando e alterando suas técnicas até favorecer sua origem em diferentes estilos de massagem que conhecemos hoje.
Além dos chineses, os egípcios também se apropriaram do uso da massoterapia. Os sacerdotes recebiam uma massagem com óleos aromáticos após o banho, com o intuito de promover um profundo relaxamento. Por outro lado, na Grécia e Roma Antiga, a massagem não era apenas utilizada como forma de relaxamento, mas também para a cura e prevenção de doenças, assim como os orientais.
Atualmente, a massoterapia é uma terapia muito procurada no Ocidente, por pessoas que buscam seus efeitos relaxantes, de sensação de bem-estar, alívio de dores, tratamento e prevenção de doenças. Estudos e pesquisas sistemáticas já comprovaram a eficácia da massoterapia para a melhora na circulação sanguínea, eliminação de toxinas do organismo e alívio de tensões musculares. Esses estudos confirmam a confiabilidade da técnica e faz com que a massoterapia ganhe cada vez mais adeptos.
é indispensável falar sobre ‘o tocar’. O toque sadio é uma necessidade de todos os mamíferos. O cérebro e a pele são provenientes das mesmas células embrionárias: os nervos e a pele se originam no ectoderma. Previamente na evolução embriológica, as células da pele se especializam em olhos, ouvidos, nariz e boca.
Portanto, pode-se sugerir que quando tocamos a pele, estamos tocando também em outros sistemas de órgãos e que as pessoas podem melhorar de diversos tipos de problemas quando são tocadas.
A partir do toque pode-se esperar melhora das defesas imunológicas, aumento da autoestima, melhora o sono, o apetite, diminuição da pressão arterial, de sintomas da depressão e artrite, dores de cabeça e ansiedade. Além de melhorar a sexualidade, o prazer e muitas outras coisas.
Enquanto massoterapeutas, tocando as pessoas, aprendemos muitas coisas: o toque ensina sobre o amor, ensina sobre os limites físicos, qual toque é adequado, quando e como tocar.
O toque resgata material à superfície e à consciência. Aprendemos através do toque físico e energético, como estamos no nosso próprio corpo, em nosso campo energético, o que nos possibilita ajudar nossos pacientes. Ao tocarmos, criamos a terra firme para sua experiência de cura.
Portanto, fica claro que a massagem passou por processos históricos, evoluiu ao longo do tempo e teve um importante papel na história da medicina para o tratamento e prevenção de doenças. Adicionalmente, pode-se concluir que a Massagem Energética Terapêutica é um excelente método para nos tratar das feridas causadas pela falta do toque. O toque carinhoso que utilizamos na Massagem Energética Terapêutica, pode ajudar a pessoa a mudar seu sistema de crenças que é uma das etapas para uma Vida mais saudável e equilibrada.