O tantra no ocidente é cercado de mistério e admiração. Para alguns praticar o tantra é sinônimo de libertinagem, sexo grupal ou relações poliafetivas.
E está tudo errado. A forma como somos criados, a nossa relação com nossas parceiras e parceiros, a nossa relação com a gente mesma (o). A noção de prazer sexual como a sociedade enxerga é um desequilibrio afetivo.
Praticar o Tantra é ser naturalista na sua essência, se conhecer e enfrentar suas sombras para assim superá-las e tomar consciência do seu ser e sentir.
Você pode usar o tantra na sua vida sexual tendo uma transa rápida ou em uma maratona de sexo. Enquanto na maioria das relações nós somente conectamos os nossos corpos, resultando num ato mecânico limitado e muitas vezes vazio e não prazeroso, no tantra os casais se conecta não somente em corpo, mas em mente e espírito. Estar no momento presente e atendo as suas sensações e as sensações de seu parceiro é muito mais importante que o tempo que você permanece transando. Para o tantra o sexo é uma meditação, você tem que estar de corpo e alma conectados com seu parceiro.
As práticas do tantra ensinam como estabelecer essa conexão através de exercícios de conexão com seu corpo, respirações e práticas de conexão com o outro.
Apesar de existirem respirações que ajudam a manter a ereção e a elevar a energia sexual fazendo com que o controle da ejaculação fique mais fácil o objetivo não é somente prolongar o sexo. Quando você aproveita e respeita o corpo do outro como um todo, começa a passar mais tempo gozando dos momentos de prazer ao invés de querer logo chegar ao orgasmo.
O tantra ajuda a alcançar novos patamares de prazer e novas sensações.
O tantra é um caminho de auto-conhecimento. Quando você se empodera de seu corpo, derrete seus bloqueios, ultrapassa suas limitações você fica mais confiante, mais energético, com mais energia e vitalidade. Isso irradia para o meio que você vive e as pessoas começam a te sentir mais brilhante e atraente.
Qualquer coisa que te ajude a diminuir a frequência de pensamentos é uma forma de meditação. Correr pode ser uma forma de meditar, dançar, cantar ou praticar algum esporte. Tudo isso pode te levar a um estado meditativo, que envolve seu corpo em meio ao som, movimento e prazer.
O sexo é um ato sagrado para o tantra e pode ser o caminho para um estado meditativo e de prazer, além de uma conexão consigo mesmo ou com seu parceiro. O tantra te ajuda a abrir o coração, permitindo sentir e aceitar sua sombra e sua luz para que você possa seguir de forma mais natural e intuitiva, livre dos medos que geralmente nos bloqueiam.
O que o tantra faz é praticamente nos partir no meio, Nos faz nos acostumarmos a nos sentirmos vulneráveis ao próximo, a querermos nos conectar de corpo e alma, a não termos medo de amar.
O tantra destrói aquela parte nossa que tem medo de experimentar coisas novas, ele aquece nosso coração e nos mostra o que realmente queremos. E criamos uma capacidade plena de nos comunicar de maneira segura e objetiva. Queremos o que é autêntico aos nossos desejos e aos nossos relacionamentos.
Esse artigo foi baseado na escrita do João Molden com algumas adaptações feitas por mim.